segunda-feira, 8 de julho de 2013

Linha do tempo da Tabela Periodica


 

490 a.C. ? Ar, terra, fogo e água


Nos 450 versos de sua obra Sobre a Natureza, o filósofo grego Empédocles (490 a. C – 430 a. C) afirma que tudo que existe é feito de quatro itens básicos: terra, água, fogo e ar. A ideia, no entanto, não é totalmente original: ela já havia aparecido séculos antes na mitologia babilônica e em diversas outras civilizações, dos chineses aos hindus, com pequenas mudanças.

384 a.C. ? A confusão de Aristóteles


O pensador Aristóteles (384 a.C. - 322 a.C.) adotou o mesmo sistema de seu conterrâneo Empédocles, mas o aperfeiçoou, criando variações para cada elemento. Mas cometia o erro, que seria solucionado apenas muitos séculos depois, de considerar o estado físico – água congelada, por exemplo – como um elemento separado.

1789 ? Da alquimia à química


A importância do cientista francês Antoine Lavoisier (1743-1794) para a ciência pode ser medida pelo que já disseram dele diversos autores: ele pôs fim à era da alquimia e deu início à revolução da química. Com a publicação de uma lista com os 33 elementos químicos conhecidos até então, ele pôs fim às absurdas teorias que já duravam séculos. Mesmo assim, foi decapitado durante o ignominioso período da Revolução Francesa conhecido como 'Terror' por ter servido o regime monárquico como coletor de impostos.


1811 ? Abreviaturas


O para oxigênio, C para carbono, Co para o Cobalto, H para hidrogênio, He para o hélio. O responsável pela abreviação do nome dos elementos (baseada no original em latim) foi o químico sueco Jöns Jacob Berzelius, que também definiu a combinação dessas letras para descrever as fórmulas químicas, como a água H2O. Ele ainda descobriu quatro elementos: tório, cério, silício e selênio.

1869 ? A criação da tabela periódica


A tabela periódica apareceu pela primeira vez no formato que perduraria quase intacto até hoje no livro Princípios da Química, do russo Dimitri Mendeleyev (1834-1907). Essa primeira tabela tinha apenas 63 elementos – hoje são 118. Dividida em colunas verticais (onde estão os grupos, elementos com propriedades químicas semelhantes, como os gases nobres) e horizontais (os períodos, nos quais os elementos têm o mesmo número de camadas eletrônicas), a tabela de Mendeleyev foi recebida a princípio com certo ceticismo, mas provou funcionar na prática quando, em 1875, Paul Emile Lecoq anunciou a descoberta de um elemento depois batizado de gálio, parecido com o alumínio. A massa atômica do gálio correspondia exatamente ao espaço vazio abaixo do alumínio na tabela de Mendeleyev. Nos anos seguintes, outros elementos descobertos preencheriam os vazios restantes, confirmando a teoria do russo.

1955 ? Justa homenagem


Quando morreu, Mendeleyev era considerado o cientista mais famoso da Rússia. Em vida, foi ignorado pelo Prêmio Nobel (começou a ser distribuído em 1901). Como escreveu Hugh Aldersey-Williams em seu livro Periodic Tales, o russo foi homenageado da melhor forma possível ao batizar o elemento 101, o mendelévio. Foi a primeira pessoa dedicada inteiramente ao estudo da química a dar o nome a um elemento. Antes dele, somente físicos tiveram tal honra, como Albert Einstein (einstênio), Marie Curie (cúrio) e Enrico Fermi (férmio).

2006 ? Galáxia periódica


O professor Philip Stewart, da Universidade de Oxford, cria um novo modelo de tabela periódica, no formato espiral, que considera mais natural que as linhas e colunas da tabela Mendeleyev. Fez tanto sucesso que a Sociedade Real de Química da Inglaterra enviou cópias a todas as escolas secundárias do país.

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